segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O NOVO

Que estranho. Por que temos medo do novo? Por que o novo nos deixa tão ansioso? Será que gostamos de viver a mesma vidinha sempre igual? Seria medo ou seria insegurança? E se for algum destes, é justificável?
Não tenho respostas a estas perguntas. É por isto que me pergunto. Perguntar nos leva a raciocinar, nos leva a criar meios, a desenvolver projetos, planos.
Interessante é que sempre você está pedindo pra que algo novo aconteça. Que a partir deste dia você será feliz, que a partir deste dia você terá o que quer e por aí vai.
Mas se você pensar bem, todo dia tem coisas novas acontecendo. Todo dia tem uma dádiva e de repente nem percebemos, nem nos damos conta.
Talvez então o novo a que eu me refiro seja aquele novo que você sempre quis e agora está para acontecer. Aquilo que você queria para você e que de repente, não mais que de repente, acontece sem você estar realmente preparado. Engraçado, não é? Como você pode não estar preparado se você já queria aquilo? Sei lá. As vezes eu penso que raramente estamos de fato preparados para algo, mesmo que possamos treinar muito e nos preparar demais. No momento sempre acontece diferente, ou acontece de maneira inesperada, quando você menos esperava.
Aí que está! E é justamente nesta hora que as melhores coisas acontecem! Gera ansiedade e medo, gera confusão e dúvidas, mas ao se desenvolverem os fatos as coisas vão se encaixando com a mais perfeita naturalidade.
O novo causa espanto, o novo gera oposição, o novo muda a sua vida, o novo quando deixa de ser novo muda o rumo das coisas.
Na verdade o medo não é do novo, é sim das consequências que isto pode trazer pra sua vida. E elas podem ser boas ou ruins. É um risco que se corre. Ou se tenta algo novo ou se continua na "mesma mesmisse". É contraditório. Quando você continua na mesmisse deseja algo novo; e se vem algo novo, teme e parece querer a mesmisse.
Talvez o melhor mesmo é encarar, dar a cara a tapa, ter medo do novo é ter medo do futuro. E o que o futuro nos espera ninguém sabe, só quem vai vive-lo no dia em que este futuro se tornar presente. E encarar significa correr riscos, com medo ou sem medo, com ansiedade ou não, deixar com que as coisas aconteçam. Deixar o novo acontecer, deixar o novo tornar-se realidade e viver com intensidade esta realidade, estando disposto a tudo o que der e vier.
Só nós sofremos as consequências de tudo o que fazemos, mas se não corremos riscos pra que viver? Se a vida for sempre a mesma que razão há em estarmos aqui? Vivemos incorrendo em erros e acertos. O importante é aprender com os erros e não repeti-los e valorizar e multiplicar os acertos. Mas o que parece difícil é evitar os erros. Como podemos evitar os erros quando nem mesmo o conhecemos, quando eles nem mesmo aconteceram? Isto seria viver a vida como uma estátua parada, sem vida e sem atitudes. As atitudes terão resultados. E os resultados existem para serem administrados, com dor ou sem dor, com ou sem sofrimento.
E assim criam-se novas experiencias de vida, fatos novos que se tornam realidades, que modificam nossa vida, que trazem alegrias e tristezas. Mas uma verdade. Fazem a vida! Nos dão vida! Nos trazem vida! Nos fazem sentir mais vivos! E com a certeza de que podemos alcançar nossos objetivos, ir mais longe, arriscar, superar-se, buscar novos mundos e novos ideais.
Eu quero ser novo, ser novo de novo, enfrentar o novo para ser novo. E a cada dia inovar e renovar. Renovar o que já foi novo e inovar para tornar novo o que ainda não é!
Seja novo. Inove. Renove. Viva!

By Jota Júnior

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