domingo, 26 de fevereiro de 2012

VIDA: TSUNAMI OU LAGO TRANQUILO?

Ideias soltas.
Pensamentos disconexos.
É como canta Paula Fernandes: "Um turbilhão de sensações dentro de mim".
Tudo se revoluciona como num pós tsunami.
Sou mesmo o que sou?
As coisas era melhores antes ou depois do tsunami?
Será que esta onda gigante traz algum ensinamento?
Seria melhor ter corrido e fugido da onda gigante?
As vezes é preciso se molhar e quase se afogar pra entender que é bom nem chegar perto das ondas altas.
É preciso aprender que não se muda o curso de uma onda com sua própria vontade. Se ela vem vindo em sua direção, se ela é grande e vai te encobrir, não adianta tentar mudar sua altura, força, comprimento, intensidade. Ela simplesmente vem. E duas coisas podem acontecer: Você enfrenta a onda e suas consequências (boas ou ruins? Não sei) ou você corre, foge, escapa. Não se mete com o que você não pode.
Fugir? Tenho pensado sobre fugir. Fugir é bom ou é ruim? Devia eu apenas fugir da onda?
Aprendi a não fugir. Sempre foi mais fácil, mas é covardia. Você não vive, você desvive, você regride. Pelo medo de passar por determinada situação, você simplesmente escapa delas.
E daí é fácil dar desculpas: "Ah, odeio isto" ou "Ah, odeio aquilo" ou "Prefiro me afastar" ou "Eu decidi ficar na minha".
E nisto você fica na sua mesmisse lacustre, como patinhos boiando ao sabor do vento num lago triste e parado, onde não há fluxo de água.
E as emoções? O mar traz emoções, ondas fortes trazem emoções... O tsunami também trouxe emoções. Com certeza. Estar no mar é colocar-se ao risco dos tsunâmis. Boas ou ruins? Depende. Tudo é relativo. O que é bom pra mim, é péssimo pra você.
E então? Ficar no lago passivo e suscetível, fugindo de fortes ondas? Ou buscar o mar com suas emoções, encarando a força das ondas? O que vale a pena? O que dá prazer em viver?
Optei pelo mar bravo. Foi terrível? Foi sim, mas é nessas horas que você aprende a nadar. E se nadar não ajudar, é nessas horas que você aprende a se virar e entende que é bom gritar pedindo ajuda. Qualquer bóia lançada, qualquer corda lançada vale a pena. Pra se agarrar com vontade, reconhecendo que não é bom nadar sozinho, que você sempre precisa de um guarda-vidas por perto.
Disconexo. Totalmente diconexo. Nota zero em redação. Mas a sua cabeça tem pensamentos conexos? Parabéns. Os pensamentos vem soltos, quebrados, desconectados. Ao colocá-los na forma de ideias é que unimos uma na outra e formamos o que chamamos de VIDA. Isso. A vida é feita de pensamentos disconexos transformados em ideias, que por sua vez são colocadas em prática.
Tentando conectar:
Tsunamis - turbilhão - fuga - enfrentamento - tranquilidade - paz.
E tentando formar com isto o que se chama de vida.

By Jota Júnior

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